Tragédia cotidiana

Notícias já não me atingem mais quem dera!!! Abandonei os noticiários locais e nacionais. Optei por ficar sitiada em mim. Senão for pela leitura vou buscar um caminho que me traga muita tranquilidade. Vejo programas independentes que mostram imagens de mar, montanhas com neve e paisagens belíssimas de cantos do mundo que parecem ainda não terem sidos contaminados por tanta sujeira. E isso se tratando de todo tipo de lixo.

A receita certa para entrar numa grande depressão, é sermos telespectadores assíduos de tragédias cotidianas, que se manifestam cada vez mais aterrorizantes e repugnantes. A raça humana anda rondando a miséria do espirito de maneira tão contundente, que às vezes acho que não tem volta. Sinto muita tristeza ao ver esse cenário dantesco que se descortina de forma tão banal.  Ao mesmo tempo tenho vontade de fugir para alguma ilha deserta com poucas pessoas, e também dá vontade de ficar quietinha, numa preguiça imensa, acreditando, quase que como sinal de minha loucura, que tudo vai passar logo e a dose de racionalidade será retomada e o que nossa sociedade precisa é de um tempo para colocar as coisas em ordem.

Precisamos de um freio, precisamos urgentemente de ações que transformem essa rotina estressante em um tempo mais ameno, ações mais proativas que mudem um pouco esse quadro tão funesto que se apresenta.

Deixar de termos territórios definidos por facções, deixar a crença de que a violência só vai aumentar e tentar vibrar luz, positividade e ações afirmativas em meio a este caos, tentarmos redefinir fronteiras dentro dessas tragédias cotidianas que se anunciam quase que como uma obrigatória rotina.

A cidade é de todos e para todos. Precisamos reencontrarmos com fé o verdadeiro sentido da palavra cidadão, que nada mais é do que um habitante da cidade, um indivíduo que deve usufruir de direitos civis e políticos garantidos pelo Estado, e que também deve desempenhar os deveres que lhe são atribuídos.

Quero acreditar que este cenário de horrores vai mudar. Quero uma cidade acessível para mim e para todos. Enfim quero a minha Cidade Maravilhosa de volta.  

Bom dia para todos é o que desejamos nós do CVI-Rio!

Por Beth Caetano




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