Rebeca Costa, ela  estuda direito, adora moda e tem nanismo. Vamos acompanhar Rebeca em um ensaio fotográfico, visitar a faculdade onde ela estuda, e, também, conversar com o personal trainer, que fez exercícios adaptados para ela. E, ainda, uma entrevista com Jady Malavazzi no quadro Paralímpicos.

É apaixonada por moda e gosta de fazer adaptações nas roupas que usa. Ela contou como começou o blog e as adaptações que faz nas roupas:

“No início de 2015 eu fiz um blog chamado Look Little com o meu dia a dia. Todos os dias eu posto um look diferente e como ele pode ser posto não só em mim, mas em outras pessoas. Cabe em todo mundo, mas em mim eu adapto sem precisar ir para costureira. Eu explico como eu posso adaptar uma blusa que fica grande, como eu posso usar um cropped em forma de blusa, blusas de meia manga que em mim ficam manga comprida. Eu consigo usar uma roupa que uma pessoa de estatura alta usa, assim como a pessoa de estatura alta pode usar a minha. Então, eu queria muito quebrar esse paradigma de dizer que uma pessoa com nanismo tem que usar roupa infantil, só sapato infantil, só roupa infantil, porque a gente também tem nosso lado mulherão, a gente tem que se impor e muitas vezes isso é cortado da gente. Eu dou muitas dicas de maquiagem e como eu me adapto para fazer a minha maquiagem através dos meus bracinhos curtos. Eu sempre gostei de me maquiar e foi por isso que eu me inspirei para fazer o blog e ajudar outras meninas que tenham deficiência e que passam a gostar e ter autoestima através da maquiagem”.

André Luiz Abreu, que é professor, falou sobre algumas adaptações no campus que permitem que Rebeca tenha maior autonomia dentro da universidade:

“No caso da Rebeca, o conforto de se chegar a um botão de elevador adaptado, o conforto de se chegar a possibilidade de ter todo o manuseio daquele instrumental necessário, para o convívio diário a sua altura, traduz esse pequeno cuidado que, para a gente, vai fazendo com o que ela tenha uma inserção, que seja uma inserção bem mais facilitada, isso traduz um cuidado até mesmo, da carteira especial colocada, enfim, e trabalhada de modo que essas dificuldades sejam superadas. Então, a perspectiva é de igualar, mas numa dosagem que seja suficiente para preservar a diferença, a gente iguala no sentido de permitir que a pessoa possa se expressar. Essa inclusão é uma inclusão que passa não só pela questão espacial, embora a questão espacial seja muita das vezes determinante para os problemas que podem vir a surgir. Para a instituição, aproveitar esse momento é fundamental para que isso signifique um processo de crescimento, tanto para a Rebeca, quanto para os terceiros que convivem com ela. A Rebeca, para mim, tem um atributo humano que eu considero muito interessante, que eu considero muito preponderante para que uma pessoa dê certo na vida, que é a independência.”

Ronny Marques, personal trainer da Rebeca Costa, explicou as atividades que ela faz e como funcionam as adaptações de exercícios para ela:

“Eu treino a Rebeca há aproximadamente dois anos. Eu procuro sempre adaptar os exercícios para ela por causa da deficiência que ela tem e a gente procura fazer um mix de tudo. A gente faz musculação, fazemos funcional. Para ela não tem como montar um treino, eu tenho que ir testando na hora. Eu testo, vejo se dá para ela fazer e assim a gente vai progredindo e eu sempre procuro trabalhar com ela exercícios multiarticulares. A Rebeca é uma pessoa motivante, onde ela está ela contagia, ela tem uma alegria. É bom estar junto dela e eu estou aprendendo com ela também, a cada dia mais eu gosto da presença dela aqui, gosto de treiná-la.”

Fonte: Programa Especial.




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