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Será que essa semana que traz a primavera e o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, e que chegou cheia de sol, não seja um bom presságio?

Precisamos acreditar que as leis sejam cumpridas, cada vez mais, e que realmente beneficiem o segmento de pessoas com deficiência, assim fazendo com que efetivamente haja uma grande melhoria na qualidade de vida desse grupo.

Vamos pensar um pouco em acessibilidade. Hoje já podemos ver mais rampas, mais elevadores, tanto nas edificações públicas ou privadas, como também, nos meios de transporte. Isso tem facilitado bastante na locomoção, porém não é respeitado rigorosamente como o que está previsto em lei. Estabelecer o direito de ir e vir, não fica apenas restrito ao fato de construírem de forma fiel ao que vem dito na constituição.

A cabeça que cria a legislação, nem sempre compreende corretamente o melhor meio para execução da mesma.

Vivemos cercados de preconceito e diariamente experimentamos vários tipos de discriminação. Se não sentimos na própria pele, fica mais difícil compreendermos o quanto falta para que haja um movimento proativo e verdadeiro que nos leve a uma evolução.

Entre nós e o outro, existe um vazio sempre pronto para ser preenchido por alguma coisa. Que seja de amor e não de dor. Que possamos comemorar, através de atitudes construtivas, essa semana do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, com mais rampas de acesso, que sejam links de passagem, e em definitivo nos conecte às ações proativas que mantenham a sociedade para sempre com um desejo de constante transformação.

Que a primavera que nesta semana se inicia, produza em cada um de nós a vontade de lutarmos com menos agressividade e praticarmos mais o exercício da resiliência e da persistência que nos mantenha direcionados para um mundo muito melhor.

Assim, que a palavra Luta esteja traduzindo mais um resultado positivo com respeito a acessibilidade atitudinal, esta que vem da intenção do sujeito em criar soluções que na realidade acabem com todas as outras barreiras.

Que a nossa luta esteja falando de criar acessos fí­sicos e de comunicação, para que todas as pessoas percebam o quanto de enriquecedor existe na prática diária de interagir e crescer juntos, quando aprendemos com a diversidade.

Somos de fato seres para andar em grupo; e então, por que não repensarmos outras maneiras de caminharmos? E o que reconhecemos como verdade neste caminho?

Que venham as flores, que venha a primavera. Que venha o entendimento do que cada um tem de seu e que brilhe assim ainda mais, ao fazer parte do todo.

Por Beth Caetano

 




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