Começaram os Jogos Paralímpicos em Tóquio e estamos aqui na torcida para que nossos atletas conquistem medalhas, sonhos e possam trazer alegrias para o povo brasileiro. 

Vendo os vídeos e a abertura dos jogos, lembramos que muito já foi feito para que hoje tenhamos essa bela representação mundial, por isso, queremos neste momento recordar dos grandes nomes do Esporte Paralímpico no Brasil.

Nosso desejo é somente relembrar um pouco da história de cada um e o que fizeram pelo nosso esporte. Vamos começar pelos fundadores que encontramos no livro Memórias Paralímpicas. Você pode acessar neste link.

Robson SampaioEra Alagoano, mas vivia no Rio de Janeiro. Ele sofreu um grave acidente no início dos anos 50 em uma viagem aos Estados Unidos, o que o tornou usuário de cadeira de rodas. Foi aí que ele conheceu o desporto praticado por atletas em cadeiras de rodas enquanto fazia sua reabilitação por lá. A modalidade esportiva praticada pelos atletas americanos era o basquete. Quando Robosn volta ao Brasil, ele funda o Clube do Otimismo no Rio de janeiro em 1958 para formar atletas brasileiros, e sim, inicia o Esporte Paralímpico aqui pelo basquete.

Sérgio Del Grande – Contemporâneo de Robson Sampaio, o paulistano Sérgio Del Grande também sofreu um acidente quando disputava em uma partida de futebol em sua escola na cidade de São Paulo. Sérgio perdeu os movimentos de suas pernas e foi levado para os Estados Unidos para fazer sua reabilitação lá, foi assim que ele conheceu o desporto dos atletas em cadeiras de rodas americanos que existia desde o final da Segunda Guerra Mundial. Quando Sérgio volta para o Brasil, juntamente com outros desportistas paulistanos, ele funda o Clube dos Paraplégicos de São Paulo, mais conhecido como CPSP, no mesmo ano – 1958 – em que o Clube do Otimismo no Rio de Janeiro.

José Gomes BlancoNasceu em 3 de abril de 1936 no Rio de Janeiro. Foi campeão sul-americano de futsal e trabalhava na empresa de transporte do seu pai quando foi baleado por assalto em 1962. Internado no Hospital Estadual Barata Ribeiro para sua reabilitação, conheceu um grupo de pessoas com deficiência que formaram a “Sociedade dos Amigos do Hospital Barata Ribeiro”, se tornando mais tarde a famosa SADEF, instituição que teve um papel fundamental no desenvolvimento do esporte no Rio de Janeiro e no Brasil. 

Blanco foi para as Paralimpíadas de 1976 em Toronto na modalidade esportiva de atletismo.  Também, foi co-fundador e o primeiro Presidente da Associação Brasileira de Desporto em Cadeiras de Rodas (ABRADECAR). Seu legado vai ficar para sempre na história como dirigente da SADEF, possibilitando a conquista de muitas medalhas por atletas nacionais e internacionais.

Celso Lima – Era cadete militar quando sofreu um acidente e teve uma lesão medular. Poucos sabem que foi ele quem viabilizou a criação da ABRADECAR, instituição que visava treinar atletas para o esporte de alto rendimento. Podemos dizer que é o que chamamos hoje de Paralimpíadas. Foi ele quem conheceu o General Figueiredo antes dos Jogos Pan Americanos em cadeiras de rodas no Rio de Janeiro em 1978. Esse encontro possibilitou mais tarde, quando Figueiredo se tornou Presidente da República, a articulação para que a instituição pudesse ser deliberada.

José Carlos de Morais – Natural de Pelotas, estudava medicina no Rio de Janeiro quando sofreu uma lesão medular aos 26 anos por conta de um assalto na Vieira Souto. Foi o primeiro atleta a ter contato com o tênis em cadeira de rodas. Ele conheceu o esporte em 1985, na Inglaterra, quando competia com a seleção de basquete em cadeira de rodas. Onze anos depois, José Carlos foi aos Jogos Paralímpicos de Atlanta e, ao lado de Francisco Reis Junior, se tornou o primeiro brasileiro a representar o Brasil na modalidade.

Ari Bittar – Era professor na Universidade de Campo Grande. Foi um dos maiores incentivadores do Esporte Adaptado no Brasil. O professor Ari era formado em Educação Física pela Universidade Estadual de Mato Grosso. Foi gestor e Coordenador do Projeto “Esporte Educacional na Bacia do Córrego Bandeira”, desde o ano de 1996, e docente da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Tinha experiência na área de basquetebol, com ênfase em Educação Física Adaptada. Seu legado para o basquete foi reconhecido com o Troféu Ari Bittar, dado ao campeão da primeira edição do Circuito de Basquete Máster de Mato Grosso do Sul.

 




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