Casa, por definição, é o nome genérico dado a todas as construções destinadas a habitação, mas essa definição deveria ser ampliada para lugar de refúgio, acolhimento e conforto para as pessoas. Afinal, passamos a maior parte das nossas vidas dentro dela. No entanto, isso não é uma realidade para muitas pessoas, principalmente aqueles com mobilidade reduzida.

E foi pensando nisso que a que a arquiteta Gabriella Zubelli, especialista em arquitetura acessível, idealizou o projeto Casa Conceito Arquitetura Acessível. Seu objetivo é promover a conscientização sobre a importância da acessibilidade nos espaços, serviços e produtos, assim como sensibilizar para a temática, incorporando-a na vida dos que precisam, de forma personalizada.

 

O que é a Casa Conceito?

A Casa Conceito é um protótipo de casa inteligente que busca aliar produtos, serviços e soluções de acessibilidade e tecnologia assistiva para ajudar a trazer autonomia às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, e desta forma reduzir algumas barreiras e obstáculos encontrados no dia a dia. A casa conta com sistema de automação de alta tecnologia que através de comandos de voz, tablet e comandos na parede em Braille, é possível acionar mecanismos fazendo programações dedicadas a cada tipo de deficiência e necessidade. Por exemplo: para uma pessoa com deficiência visual, é possível programar o acionamento ou desligar as luzes de toda a casa. Já para uma pessoa com deficiência física, é possível acionar mecanismos de difícil alcance ou à distância como subir e descer cortinas; ligar e desligar uma banheira, ar condicionado, TV, som e outros. Assim como, para uma pessoa com deficiência auditiva é possível ter uma luz acionada quando toca o telefone ou a campainha e ter interligado o sistema de segurança e câmeras para visualização pelo tablet

Outra novidade encontrada na casa é um dispositivo revolucionário que acoplado aos óculos, permite que pessoas com algum déficit visual tenham autonomia para vencer barreiras, comumente, encontradas em casas. Há, também, códigos QR espalhados pela casa para que pessoas com deficiência auditiva e visual tenham acesso aos áudios descrevendo os ambientes juntamente com vídeos em libras. 

E assim, o sonho de autonomia e independência para pessoas com deficiência dentro de suas casas fica mais próximo.

 

Um pouco mais sobre Gabriella Zubelli

Gabriella Zubelli foi a responsável pela acessibilidade das instalações dos Jogos

Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Ela diz que: “A arquitetura deve atender a todos os tipos de pessoas, respeitando suas diferenças. Uma casa acessível não é exclusiva para pessoas com deficiência, mas sim um espaço que acolhe a todos e a todas as idades”

Seu desejo de trabalhar com acessibilidade nasceu ao ver a necessidade de seu irmão que sofreu um acidente de mergulho, há 13 anos. A arquiteta estudou ao longo dos anos e, hoje, tem trabalhado para implementar a Casa Conceito Arquitetura Acessível e promover a conscientização sobre a importância da acessibilidade nos espaços.




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