A Web é um recurso cada vez mais importante em muitos aspectos da vida: educação, emprego, governo, comércio, saúde, recreação e muito mais. É essencial que a Web seja acessível para fornecer oportunidades iguais às pessoas com habilidades diversas. O acesso às tecnologias de informação e comunicação, que inclui a Web, é definido como um direito humano básico na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (UN CRPD).

A acessibilidade à Web precisa abranger todas as deficiências: auditiva, cognitiva, neurológica, física e visual. Além disso, é necessário beneficiar pessoas sem deficiências, mas com limitações, como as pessoas:

  • idosas, cujas habilidades mudaram devido ao envelhecimento
  • com “incapacidade temporária”, como um braço quebrado ou óculos perdidos
  • com “limitações situacionais”, como sob luz solar intensa ou em um ambiente onde não podem ouvir áudio
  • que usam uma conexão lenta com a Internet ou que têm largura de banda limitada ou cara.

Dessa maneira, ferramentas e tecnologias são projetadas e desenvolvidas para que pessoas com deficiências ou não possam usá-las. A Web é projetada para funcionar para todas as pessoas, independente de seu hardware, software, idioma, localização ou capacidade. Quando a Web atinge esse objetivo, ela é acessível às pessoas com uma gama diversificada de habilidades auditivas, de movimento, visão e cognitivas.

Assim, o impacto da deficiência é radicalmente alterado na Web, porque ela procura eliminar as barreiras à comunicação e à interação que muitas pessoas enfrentam no mundo físico.

  • Tornar a Web Acessível

Do ponto de vista mercadológico, quanto mais pessoas forem atingidas, mais mercados em potencial serão criados. Pelo enfoque social, quanto mais pessoas forem alcançadas, mais integração social será realizada. Por isso, a acessibilidade é essencial para desenvolvedores e organizações que desejam criar websites e ferramentas da Web de alta qualidade. Não impedir que as pessoas com deficiência usem seus produtos e serviços é fundamental social e economicamente.

Todavia, a acessibilidade à Web depende de vários componentes e incluem tecnologias e navegadores e outros “agentes do usuário”, ferramentas de criação e sites. Então, a W3C – Web Accessibility Initiative (WAI) – desenvolve especificações técnicas, diretrizes e recursos de suporte que descrevem soluções de acessibilidade. Estes são considerados padrões internacionais para acessibilidade na Web. Mais informações são possíveis de serem encontradas na cartilha de acessibilidade feita pela W3C Brasil (http://www.w3c.br/pub/Materiais/PublicacoesW3C/cartilha-w3cbr-acessibilidade-Web-fasciculo-I.html)

  • Como avaliar a acessibilidade

Existem ferramentas que ajudam na avaliação. No entanto, nenhuma ferramenta sozinha pode determinar se um site atende às diretrizes de acessibilidade. É necessária uma avaliação humana bem informada para fazer esse julgamento.

Ao desenvolver ou redesenhar um site, é importante avaliar a acessibilidade no início e durante todo o processo de desenvolvimento para identificar eventuais problemas precocemente. Às vezes, etapas simples, como alterar as configurações em um navegador, são suficientes para ajudar a avaliar alguns aspectos da acessibilidade. Já, uma análise abrangente para determinar se um site atende a todas as diretrizes de acessibilidade exige mais esforço.

Encerro com uma citação de Tim Berners-Lee, diretor do W3C e inventor da World Wide Web, que disse: “O poder da Web está em sua universalidade. O acesso de todos, independentemente da deficiência, é um aspecto essencial.” 




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