Não basta a internet para incluir digitalmente

A inclusão digital vai muito além do uso da internet. É necessário desenvolver uma série de políticas públicas que incluem desde ensinar as pessoas como usar adequadamente as ferramentas básicas que compõem um computador, até ampliar o conhecimento de todo o universo de aplicativos e ambiente virtual. Portanto, ensinar as pessoas a usar o mundo digital se torna imprescindível para o desenvolvimento das capacidades humanas.

Assim, nem todos com acesso ao computador ou telefone celular estão incluídos digitalmente. Também ter acesso não significa necessariamente conhecer ou ser capaz de usar as tecnologias e se comunicar na internet. Estar conectado é, acima de tudo, estabelecer comunicação com os outros que vivem em nossos contextos sociais, econômicos ou mesmo fora deles. Quando consideramos a internet um ambiente que reflete e traz novas possibilidades para a sociedade “real”, é indispensável considerar todas as diferenças presentes em nossa sociedade na infraestrutura, na linguagem e nos conteúdos que circulam na rede.

O termo “usabilidade” aparece quando pensamos sobre essa diversidade de usuários. O conceito de usabilidade está diretamente relacionado à facilidade de uso de interfaces digitais, como sites, aplicativos, redes sociais ou mecanismos de busca. Afinal, podemos até ter acesso a um site, mas podemos realmente atingir nossos objetivos neste site se seu conteúdo estiver desorganizado, se os textos estiverem pouco legíveis ou se a conexão com o servidor está sempre falhando?

Uma interface com boa usabilidade é a que mais se preocupa com o usuário, com a simplicidade da navegação, com a clareza das informações e até com a escolha das cores. A atenção de desenvolvedores e web designers para esses aspectos é essencial para que as pessoas, de fato, não apenas acessem, mas também tenham a melhor experiência de uso e entendam as mensagens comunicadas pela interface.

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