A escola inclusiva é o primeiro local de convívio social entre as crianças, é o espaço onde ocorre as primeiras interações e a descoberta de que a diferença é o único ponto comum entre todos nós. A escola é fundamental para garantir que qualquer criança tenha acesso a todas as atividades comuns, oferecendo, assim, igualdade de oportunidade. Portanto, é importante que o ambiente escolar ajude a criar uma vida independente para as crianças que tem algum tipo de deficiência física.

O uso de equipamentos tem um papel importante na melhoria da qualidade de vida das pessoas no ambiente escolar, favorecendo a realização de atividades e prevenindo problemas secundários ao mal posicionamento. Não existe um equipamento ideal e nem uma regra para ser aplicada, mas é necessário conciliar características físicas, sociais e necessidades pessoais. Cabe ao técnico apresentar as melhores alternativas baseando-se no desejo, necessidade e possibilidade do usuário.

A postura inadequada gera desequilíbrio, mal estar e condição emocional desfavorável, já a postura adequada está associada ao estado de saúde e vigor capaz de permitir a expressão da condição vivida internamente. O uso de equipamentos, tanto em ambiente escolar tanto em ambiente domiciliar, ajuda a resgatar a verticalidade, melhora a auto estima e maximiza o tônus muscular, ou seja, diminui os movimentos reflexos e ajuda a economizar energia, além de outros benefícios.

A IMPORTÂNCIA DA ADEQUAÇÃO POSTURAL NO AMBIENTE ESCOLAR

Iniciamos nosso convívio social na escola e hoje cada vez mais temos a necessidade social de iniciar este processo nos primeiros anos de vida. Sabemos que esta experiência prematura tem um ônus importante na evolução da criança, mas temos que admitir também que a Escola é um espaço privilegiado de interações e descobertas. Cada mais cedo descobrimos que Diferença é o único ponto comum entre Todos nós.

A criança tem interesse natural pelas diferenças entre elas sem nenhuma ideia pré-concebida. Ela apenas começa a perceber que cada um tem um ritmo e interesse diverso e um potencial distinto. Vivemos agora o momento ainda de transição onde politicamente sabemos que a escola que sempre deveria ter sido um espaço inclusivo apenas agora ela também recebe aquelas crianças que antes ficavam isoladas do convívio da escola regular e do convívio social pois frequentavam as “Escolas Especiais”. Ainda construindo este novo caminho onde Todas as crianças possam conviver e ter oportunidades justas, precisamos ampliar nossa atenção e nosso conhecimento para que nossa ação não seja apenas um cumprimento da lei       divorciado da consciência do que significa esta oportunidade de construção de um futuro mais justo, de uma sociedade que respeite cada diferença aprendendo a arte da convivência na diversidade.

A escola inclusiva tem que garantir que qualquer criança tenha acesso a todas as atividades comuns da escola, oferecendo igualdade de oportunidade. Para isso precisamos compreender algumas características físicas e neurofisiológicas para poder facilitar este processo.

O mais importante não é o diagnóstico e sim a criança, seu desejo, sua expectativa e sua limitação para ser compensada, pois o seu LIMITE será desvendado progressivamente ao longo do processo de desenvolvimento natural a qualquer criança.

Conversar com Sheila para trocar imagem pela ilustração da apostila do Abrace a Diferença

São muitas possibilidades, pois durante o processo de desenvolvimento de uma criança muitas áreas cerebrais podem ser acometidas expressando através de limitações, de forma alguma, estas limitações deverão impor o limite de desenvolvimento desta criança, pois esta será uma equação mágica e singular entre o potencial, o interesse e a interação com a família e com o ambiente e as oportunidades oferecidas das diversas partes.

Quando alguma afecção acontece acometendo o cérebro durante os primeiros anos de vida de uma criança, vamos estar diante da “encefalopatia crônica não evolutiva da infância”, mais conhecida como Paralisia Cerebral, quadro que pode deixar sequelas bem leves quase imperceptível até quadros extensos comprometendo a parte física, sensorial e intelectual. O mais importante é compreender o comportamento das possibilidades de cada criança para ajudar a família e a escola proporcionar a atividade adequada.

SÍNDROMES ESPÁTICAS (70 A 85% dos casos) – QUADRIPLEGIA; DIPLEGIA; HEMIPLEGIA

Normalmente os espásticos são crianças tímidas, medrosas, ansiosas, introspectivos, não deve ter muitos terapeutas e professores, têm instabilidade emocional, dormem mal, sono instável, muito sono pela manhã, dificuldade de estabelecer vínculos.

Neste caso a criança precisa de ambiente mais tranquilo e vínculo bem seguro para ela se sentir confiante e relaxar um pouco. Precisa experimentar movimentos livres das grandes articulações e a escrita deve ser estimulada por objetos letras grandes pois coordenação fina aumenta a tensão por estresse e frustração e um grande gasto energético, podendo atrasar o desenvolvimento da compreensão.




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