Artigo Força e dor

Às vezes sentimos dor e escondemos para não parecer que somos chatos.

Quando temos uma deficiência, não importa quanto tempo vivemos com ela, o que acontece na maioria das vezes é que antes de nossa personalidade ser analisada, nossa expressão ser considerada como nossa marca, o que fica sendo visto prioritariamente é o tipo de deficiência que temos.

E se estamos tristes ou com algum tipo de dor, seja ela física ou emocional, todos acabam achando que será sempre o fato de sermos deficiente. O jeito é ir levando, tentando ignorar certos valores equivocados em relação a nossa tamanha especificidade do ser.

Fazer contato com nossos medos pode ser muito delicado, mas sempre e com certeza vai nos tornar mais fortes. De uma forma ou de outra, apenas ao tomarmos pé de algumas fraquezas ou certas dores é na verdade o começo de um caminho sem volta para um lugar de conforto, onde você e qualquer que seja a sua deficiência vai se permitir verdadeiramente justificar esse nosso estado de humor. Nossa força.

Parece impossível sermos analisados como um ser humano como qualquer outro, já que a tendência é sempre colocarem a deficiência como nossa maior característica.

Temos o direito de mostrarmos nossa dor, temos o direito de expormos nosso sentimento, pois isso é um sinal de força e não de fraqueza.

Como é importante nos apropriarmos de nossa singularidade, de trazermos potencializado nosso jeito único de ser.

Esquecemos de que nosso valor não está apenas quando mostramos nossa luz, mas também quando assumimos nossa sombra e tudo que ela pode mostrar muitas vezes: bastante assustador.

Tome posse de sua individualidade e respeite o outro que também traz sua fraqueza e sua força.

Por Beth Caetano




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