"Cadeirante com asas"

 

“Pés, para que os quero, se tenho asas para voar?” – Frida Kahlo
Há pouco mais de um ano me bateu uma vontade louca de saltar de paraquedas. Peguei as referências com um amigo, marquei e fui achando que seria só um salto, pra experimentar, pra matar a curiosidade mesmo. Contudo, a vida é imprevisível – ainda bem! – não parei mais e nesse período já foram 8 saltos! E está sendo um dos melhores enganos da minha vida! Como é bom! Como faz bem! Voar é mágico!

Vestir o macacão, equipar, checar equipamento, entrar no avião, decolar, saltar, abrir o paraquedas e pousar! A ordem é sempre a mesma, mas cada voo é único! Quando a porta do avião abre e chega a hora de saltar, o coração vem a boca e o pensamento é “O que é que eu to fazendo aqui?”, mas aí é só se jogar do avião (no meu caso, ser jogada, afinal  faço o salto duplo) que vem todas as respostas confirmando o espetáculo que é voar, com todas as suas emoções, que são indescritíveis! A sensação da queda livre (despencar por quase um minuto a mais de 200 km/h) é uma das melhores da vida, traz uma liberdade inigualável e de tão intensa, o aqui-e-agora realmente assume seu lugar no presente! Depois, de paraquedas aberto, o legal é passear, girar, conversar vendo a cidade pequenininha lá embaixo!

Tudo isso, fazendo novos amigos, em um lugar que tem uma energia incrível, e, com direito a um céu azul de brigadeiro de presente! Impossível não ser muito feliz, não querer voltar sempre, mais e mais, e não ser imensamente grata, a vida! Por tudo! O salto é muito maior do que ele mesmo!

Por Renata Carvalho




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